Poema cíclico
Agosto 26, 2016
Sei que duvidas do meu amor por ti
Como duvidamos às vezes
Da veracidade e lógica do Verão
Quando, à distância, as nuvens surgem.
Não posso esclarecer dúvidas
Não sou professor, o amor não ensino
Por ser o Amor professor que nos ensina.
Afinal, a minha mão apertava a tua
E desconfiavas que meu gesto sincero
Era para que te sentisses segura
E parasses de tremer,
Como a terra que não pára de tremer
(maldita terra que não pára de tremer)
Soubesses as vezes que me resgatas
Dos escombros, das ruínas dos prédios
Quando firo o centro do lar
Com meu tridente de voz neptunina
Provocarias em mim abalos sucessivos
Porque és sempre tu que me salvas
Porque és sempre tu que me a(em)balas
Quando apareces diligente
Oferecendo-me metade da tua maçã
E sorris. E o teu sorriso dura
Até ao momento que voltas
A duvidar do meu amor por ti